quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A chuva e a ilha

Nessa tarde eu voltei para casa debaixo de chuva (às vezes forte, às vezes fraca) e, depois de muito tempo, voltei a refletir sobre as formas e a solidão. Eu quis ir para a ilha deserta, aquela que todos dizem querer ir e levar tanta coisa. Que ilha é essa? Tem tanta gente que diz querer ir para lá com objetos ou pessoas, que ela já deve estar tão caótica quanto o trânsito em dia de chuva. Pensei, então, o que levaria. Levaria a poça? Levaria a lama? Levaria o all star que estava no meu pé dentro das poças? (e o tênis era da minha irmã) Levaria a multidão na minha frente (?) Levaria quem não vejo (?)

Enfim, pensei que a melhor coisa para  levar seria uma barraca para me proteger da chuva. No entanto, eu não iria para a ilha deserta, nem essa com um monte de gente e coisa, nem as desertas mesmo. Prefiro a cidade. Prefiro minha realidade , que atravessam os pingos da chuva e farejam o caminho mais curto para os meus sonhos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010