segunda-feira, 12 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
Que minhas dores não demorem tanto!
"Sunday is gloomy
My hours are slumberless
Dearest the shadows
I live with are numberless
Little white flowers
Will never awaken you
Not where the black coach
Of sorrow has taken you
Angels have no thought
Of ever returning you
Would they be angry
If I thought of joining you
Gloomy Sunday"
Trecho da canção de Rezső Seress
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
"Todo o resto ficou menos importante. A vida ficou mais importante do que as idéias anarquistas, do que a arte, do que as teorias. Se isso é tropeçar, então me deixe continuar tropeçando. Não me arrependo de coisa alguma. Considero esse tropeçar a dança da verdade! A vida é a dança que nunca termina."
Fragmento do livro Memória Inventada - um romance de mães e filhas de Erica Jong.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Hoje é o primeiro dia da Primavera e o Dia Mundial Sem Carro! Assim que acordei olhei pela janela para ver o movimento da cidade. Normal aos meus olhos. Mas já li que em alguns lugares até os estacionamentos foram proibidos, como no Rio de janeiro que até o governador, Sérgio Cabral andou de bicicleta, porém em São Paulo, fiquei sabendo que a lentidão do trânsito continuou por conta do fluxo intenso de automóveis.
Contudo, olhando pela janela do meu quarto, lembrei daqueles anarquistas em Amsterdam que provocaram a conta-cultura, os Provos. Foram eles que criaram e praticaram o Plano das Bicicletas Brancas na década de 60 (acho que não poderia ter sido em outra). Primeiro fizeram uma proposta para o governo: distribuir muitas bicicletas para a população e fechar o centro da cidade para os carros particulares. O governo rejeitou, mas é lógico que os anarquistas não ligaram nenhum um pouco para isso. Colocaram na rua inúmeras bicicletas brancas, todas para a população. Quem quisesse usar, à vontade. Quando chegassem ao lugar de destino, deixavam a bicicleta para outro usar e ir para aonde bem entendesse. A polícia confiscou, justificando que elas não poderiam ficar sem travas. Os Provos colocaram o meio de transporte novamente nas ruas, agora com cadeados e a combinação escrita na própria bicicleta. O Plano não durou até hoje, todavia a capital da Holanda é cheia de ciclistas, o trânsito é adaptado com ciclovias e qualquer pessoa utiliza o transporte esboçado por Da Vinci, seja de terno, seja de salto alto.
Eu acabo de tomar meu café da manhã e volto correndo para a janela na esperança de ver lá fora menos carros, pelo menos no dia de hoje. Eu ainda sonho que todos, verdadeiramente, conscientizem-se de que somos os únicos responsáveis pelo planeta. Fico feliz a cada dia que passa e vejo a divulgação de atos para salvar a Terra aumentarem.
É ótimo dirigir, carros são confortáveis. Mas as vias já estão sofrendo com o excesso e globo, ainda azul, também. Observo que alguns patrimônios lindos são desmoronados para inaugurarem mais um estacionamento. Na década de 60, a sociedade enxergou o início da sociedade de consumo e extravagâncias. Agora, devemos abrir os olhos para as conseqüências e frear os hábitos de desperdício.
Contudo, olhando pela janela do meu quarto, lembrei daqueles anarquistas em Amsterdam que provocaram a conta-cultura, os Provos. Foram eles que criaram e praticaram o Plano das Bicicletas Brancas na década de 60 (acho que não poderia ter sido em outra). Primeiro fizeram uma proposta para o governo: distribuir muitas bicicletas para a população e fechar o centro da cidade para os carros particulares. O governo rejeitou, mas é lógico que os anarquistas não ligaram nenhum um pouco para isso. Colocaram na rua inúmeras bicicletas brancas, todas para a população. Quem quisesse usar, à vontade. Quando chegassem ao lugar de destino, deixavam a bicicleta para outro usar e ir para aonde bem entendesse. A polícia confiscou, justificando que elas não poderiam ficar sem travas. Os Provos colocaram o meio de transporte novamente nas ruas, agora com cadeados e a combinação escrita na própria bicicleta. O Plano não durou até hoje, todavia a capital da Holanda é cheia de ciclistas, o trânsito é adaptado com ciclovias e qualquer pessoa utiliza o transporte esboçado por Da Vinci, seja de terno, seja de salto alto.
Eu acabo de tomar meu café da manhã e volto correndo para a janela na esperança de ver lá fora menos carros, pelo menos no dia de hoje. Eu ainda sonho que todos, verdadeiramente, conscientizem-se de que somos os únicos responsáveis pelo planeta. Fico feliz a cada dia que passa e vejo a divulgação de atos para salvar a Terra aumentarem.
É ótimo dirigir, carros são confortáveis. Mas as vias já estão sofrendo com o excesso e globo, ainda azul, também. Observo que alguns patrimônios lindos são desmoronados para inaugurarem mais um estacionamento. Na década de 60, a sociedade enxergou o início da sociedade de consumo e extravagâncias. Agora, devemos abrir os olhos para as conseqüências e frear os hábitos de desperdício.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Eu tenho sentido muita fome. Uma fome, por vezes, incomoda. Eu me pergunto o que de suculento e irresistível passou a ter nas comidas espalhadas na mesa e dentro da geladeira. Nada demais, é a reposta mais óbvia. Minha fome é uma fome de mundo, uma necessidade de sangrar os limites, uma irresistível leviandade e desejo de ser alimento. Me vejo como uma vampira pálida e sozinha em noite sem lua, que tenta nos becos escuros aliviar a fome. O beco escuro é meu abrigo, a taça de vinho que seguro, meus sonhos, meus abismos. Meu coração.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Acabo de ler no New York Times a reportagem que cita o abuso de poder do filho do senador José Sarney, Fernando Sarney, para censurar o jornal O Estado de S. Paulo, proibindo-o de publicar reportagens sobre os escândalos, a mesma coisa que aconteceu com o Jornal Pequeno, veículo de oposição a família Sarney no Maranhão. O autor da reportagem do jornal novaiorquino, Alexei Barrionuevo concentra seu texto mais nas censuras realizadas na imprensa da Venezuela, mas deixa claro que a agressão à liberdade de imprensa está acontecendo em toda América Latina.
Enquanto lia a matéria me lembrei de um vídeo da TV americana que circula na Internet, chamado “Censurado do Brasil”, onde o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, é acusado de censurar os veículos de comunicação nacional e principalmente aqueles do próprio estado.
Imediatamente penso numa frase perseguidora que li no livro “A Ilha (um repórter brasileiro no país de Fidel Castro)”, o autor Fernando Morais ao iniciar o capítulo sobre imprensa diz: “Quando perguntei a um influente jornalista cubano se lá existe liberdade de imprensa, ele deu uma gargalhada e respondeu: “Claro que não”. E completou, com naturalidade: “Liberdade de imprensa é apenas um eufemismo burguês. Só um idiota não é capaz de ver que a imprensa está sempre a serviço de quem detém o poder.”
O vídeo sobre o Aécio Neves já tem, até o momento, mais de 170 mil exibições no Youtube, a reportagem do NYTimes já deve ter circulado em centenas de links pelo Twitter. TODOS NÓS SABEMOS. Com a rapidez da troca de informações que presenciamos atualmente, é difícil não ficar sabendo de nada, até mesmo das censuras cometidas contra o nosso direito de saber. E o assustador é que a gente sabe, mas o que acontece? As investigações são arquivadas, os assuntos são trocados e a sensação que tenho é de que não honramos a liberdade de fazer, escrever e falar que temos, esquecemos que os políticos prestam um serviço para nós e podemos não querer mais que algum deles continue nos representando. Agora me veio uma pergunta: Eles representam o que somos?
A poesia clássica de Maiakoviski:
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flordo nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz,
e,conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
E TODOS NÓS SABÍAMOS.
Enquanto lia a matéria me lembrei de um vídeo da TV americana que circula na Internet, chamado “Censurado do Brasil”, onde o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, é acusado de censurar os veículos de comunicação nacional e principalmente aqueles do próprio estado.
Imediatamente penso numa frase perseguidora que li no livro “A Ilha (um repórter brasileiro no país de Fidel Castro)”, o autor Fernando Morais ao iniciar o capítulo sobre imprensa diz: “Quando perguntei a um influente jornalista cubano se lá existe liberdade de imprensa, ele deu uma gargalhada e respondeu: “Claro que não”. E completou, com naturalidade: “Liberdade de imprensa é apenas um eufemismo burguês. Só um idiota não é capaz de ver que a imprensa está sempre a serviço de quem detém o poder.”
O vídeo sobre o Aécio Neves já tem, até o momento, mais de 170 mil exibições no Youtube, a reportagem do NYTimes já deve ter circulado em centenas de links pelo Twitter. TODOS NÓS SABEMOS. Com a rapidez da troca de informações que presenciamos atualmente, é difícil não ficar sabendo de nada, até mesmo das censuras cometidas contra o nosso direito de saber. E o assustador é que a gente sabe, mas o que acontece? As investigações são arquivadas, os assuntos são trocados e a sensação que tenho é de que não honramos a liberdade de fazer, escrever e falar que temos, esquecemos que os políticos prestam um serviço para nós e podemos não querer mais que algum deles continue nos representando. Agora me veio uma pergunta: Eles representam o que somos?
A poesia clássica de Maiakoviski:
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flordo nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz,
e,conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
E TODOS NÓS SABÍAMOS.
sábado, 29 de agosto de 2009
Eu gosto de gente que faz doideras, que arde, bebe cerveja e cachaça, mas nem por isso se esquece das responsabilidades. Eu gosto de gente atrevida, questionadora, polêmica, mas nem por isso deixa de ser educada. Eu gosto de gente inteligente, que gosta de ler, ouve música erudita, assiste cinema cabeça, mas nem por isso deixa de conversar fiado e rir de bobeiras. Eu gosto de gente que se expressa, que contesta, diz “não. Eu gosto de gente que come mandioca, torresmo, lingüiça e é feliz. Eu adoro gente que faz o que gosta e faz o melhor do que ama.
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