quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A casa do Espíritos de Isabel Allende

Fui  à biblioteca com a intenção de pegar qualquer livro da Isabel Allende. Vi várias edições de A casa do Espíritos e resolvi que seria ele. Eu já tinha visto o filme quando pequena, ou seja, não lembro de nada. Também como é o romance mais comentado dela e o seu primeiro, achei que seria ideal para começar minha jornada pelas obras da escritora. Contudo, eu mal sabia do que se tratava a história, pensei até que fosse sobre assombrações. E é, no entanto, as assombrações presentes no livro são super reais, baseadas na história da família Allende. A narração começa no início do século 19 no Chile e vai até os anos 70.

Três mulheres são a bese do livro: Clara, Branca e Alba. Clara tem poderes paranormais, mãe de Branca e avó de Alba. Clara se casa com Esteban Trueba e é a partir do casamento que a história vai ganhando intensidade. Paixões proibidas, revoluções e almas do além entrelaçam a narrativa que se divide em terceira e primeira pessoa (Esteban Trueba). Até o final, não sabemos quem narra em terceira pessoa, as últimas páginas é que revelam que eram a mãe, filha e neta. Isabel Allende não deixa, em nenhum momento, de dar ênfase a situação da mulher. A obra é uma crítica a sociedade machista e a ditadura de Salvador Allende no Chile. O fim do livro é tomado por trechos de como Alba sofre as torturas e no Campo de Concentração.

A maneira como Isabel escreve é linda e feminista. Ela mistura o pavor da realidade com um toque de fantástico. As mulheres da família de Clara eram apresentadas com cabelos verdes. Ao mesmo tempo que nenhuma mulher nasce com esse atributo, qualquer uma pode se identificar com a força e coragem dessas três. Clara era clarividente, Branca tinha um romance proibido e Alba lutou contra a ditatura. As três saem fora dos padrões para se elevarem como seres heróicos e fascinantes.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Silêncio

Eu deveria estar cheia de metáforas para escrever, mas tem coisas que acontecem e a única inspiração que nos causa é silêncio, um tempo sem barulhos para se acostumar...