domingo, 17 de abril de 2011

Maria Antonieta de Sofia Coppola

Se é inegável uma energia masculina nos filmes do pai, Francis Ford Coppola, a feminilidade é o traço mais marcante da direção de Coppola filha. Ainda, não sei como, não tinha visto sua direção de 2006 em Maria Antonieta, filme baseado em livro homônino de Antonia Fraser. Maravilhoso! Kirsten Dunst, talentosíssima, belíssima, meiguíssima, açucarada e melancólica interpreta a última rainha da frança com cor, beleza e aquele olhar sutil dos personagens dos filmes de Sofia.

Divulgação
Entre as verdades e inverdades dessa história que se passa na Revolução Francesa, a câmera tenta adentrar no não oficial, capturar a tensão do momento que tranforma a princesa em rainha e a menina em mulher. Maria Antnieta leva a culpa por não ter herdeiros, chamada de frígida esconde a o problema do marido no jeito calmo, nas festas, na moda. Trilha sonora, magnífica. Ao som do pós punk percebemos toda a melancolia por trás dos glamourosos vestidos.

O roteiro tem passagens muito boas para falar do nascimento dos filhos e perdas. Porém a passagem mais marcante acontece quando o filme sai tenuamente do universo pessoal da realeza e expõe o problema político, entre a França e a Áustria e a raiva do povo com a situação. O filme acaba antes que a guilhotina ponha fim na história de Maria Antonieta, mas não era mesmo isso que a diretora queria. O que Sofia quis foi mostrar a jovem mulher e suas diversas formas de escape.

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