terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cartas Extraviadas

Ontem acabei de ler Cartas Extraviadas e Outros Poemas de Martha Medeiros, o livro pertence aquela caixa da L&PM que eu mostrei aqui

Aí como todo livro que termino, fiquei folheando, namorando por um algum tempo antes de colocá-lo de volta na estante.

Marcações:
a capa é muito linda <3

10.

“...e com muito tato desdobre meus pensamentos, que é aquela coisa enroscada ali no meio do cerébro , desmonte, sacuda, não tenha medo se cair não quebra, são várias ideias robustas...”

“...aproxime-se e toque, tirando o resto a alma é tudo o que sobra”

38.

se até o dia vinte ele me ligar, é porque vai rolar
se até quinta feira não chover, passa a ser provável
se até seis da tarde o comercial passar duas vezes
é sinal de que tudo vai acontecer como o planejado
mulher adora dar um prazo para o imponderável

hahaha é isso mesmo, né?

84.

“...
os olhos cegaram para frente e para trás
tanto faz se abertos ou fechados, é sempre escuro
e barulheto, minhas ideias balaçam sensualmente
dança do ventre dança das cadeiras, danço
...”

91.
“...
amar você é meu esporte mais radical

100.

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto, e sofro antes, durante e depois de te encontrar.

Sumi porque não há futuro e isso até não é o mais difícil de lidar, o pior é não ter presente e o passado ser mais fuido que o ar.

Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar sempre ao seu lado, a saudade fará mais por nós que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.”

!!!!

113.

“...Ser intuitiva também é uma forma de conexão, há muitas cartas extraviadas viajando pelo espaço, sem fios ou cabos, sem satélites, palavras silenciadas e igualmente transmitidas. Amor é um troço raro e sempre de vanguarda.
...”


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