terça-feira, 7 de junho de 2011

Eu PRECISO de um sapato verde

Esta postagem é sobre o vício de consumir, a vontade imperiosa de comprar. Quando um simples “achar bonito” se torna um “precisar”. Meus Deus, ninguém precisa de uma meia de bolinhas ou um batom azul. A gente necessita de comida, água, família, sexo, coisas que nos ajuda a sobreviver. Então que força é essa que me faz achar que preciso de uma jaqueta com estampa floral?

O tempo inteiro somos estimuladas a sair da loja segurando uma sacola nas mãos. E cedemos. Não importa o quanto sabemos que o consumismo é ruim, praticamos ele com sorriso no rosto. Já diria aquele velho comercial “compre batom, compre batom, compre batom”. É com a mesma imperatividade que a voz dentro da minha cabeça me fala. Ela sempre me manda comprar batom, mas possui algumas variações, como “compre esmaltes” (aqui ela exagera e coloca o produto no plural) e por aí vai, sempre com criatividade e uma ordem inusitada.

Que merda, capitalismo, você oprime! Nem escolher tanto eu posso, você me cerca por todos os lados. Você engana, iludi e ofusca, como naquela teoria do Fox Mulder. Você me usa e eu deixo. Eu não sou uma consumidora compulsiva, mas é que, de repente, eu quero tudo e aí eu preciso de novos esmaltes, eu preciso de uma sandália rosa, eu preciso de scarpin verde!

"Não nos deixeis cair em tentação", que a gente possa, pelo menos, ir para casa e pensar se realmente precisa e depois comprar com a consciência de que não é necessário, mas vai ficar lindo!

Uma observação: o capitalismo personificado e com dois chifres vermelhos são algumas vendedoras, principalmente de uma grande loja aqui de Juiz de Fora. A cada dois passos, uma delas oferece ajuda. Eu pergunto se tem um determinado produto, elas dizem que não tem e insistem para eu levar outro. Aí eu não levo e aparece aquela cara feia. Problema, eu compro ou não compro o que eu bem entender. Se aqui tivesse outra loja tão grande quanto essa e com vendedoras menos chatas, eu nunca mais entrava nem no estabelecimento da Marechal, nem no da Halfeld. #prontofalei

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