segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cólicas e Borboletas

É desagradável fazer alguém ler que o meu dia não foi bom. Isso pouco importa e além do mais as pessoas querem rir e aliviar a tensão do pouco que tem e do muito que precisam fazer para conseguir feliz o pouco. Entre cólicas, reflexões, paranóias e um tantinho de alegria, a segunda-feira passou com aquele gosto de não ter feito. Ter desobedecido Fernando Pessoa e não colocado “quanto és/ No mínimo que fazes.” 

Mas do que eu estou lamentando, estou prestes a completar apenas 24 anos, assim dizem aqueles que já viveram mais que eu e chegam até a mim como um colo para eu por minha cabeça, como um guia que mostra o caminho, mas não me leva até ele. Só que o tempo, pra mim, sempre passa mais veloz. Sinto que não tenho tempo para esperar. Esperar pelo o que? Por que não esperar? 

“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.” Desse jeito eu concordo com Einstein quando falo que a única coisa que me conforta é a certeza do meu coração. Oras, e não é o nosso coração mais sensato, mais visionário e mais sábio que todos os infinitos planos intelectuais? É sim, não dá para duvidar dele, ele bate verdadeiramente na direção e tempo certo. 

Agora não questiono mais. O que no segundo parágrafo eu interrogava, transformou-se em borboletas. De asas coloridas e que com pouco mais ou menos de dois dias já falecem. Mas viveram, voaram, posaram, tiveram uma existência cheia de contratempos entre casulos e os últimos vôos. Voaram com o tamanho de suas asas. Encantaram pelo tamanho da imaginação de quem as observavam. 
sxc.hu
Se o passado, presente e futuro são fabricados pela nossa mente, devemos ser feliz o tempo inteiro. Desta maneira quando a nossa ilusão insistir em dividir o tempo, teremos sido felizes para sempre. 

Um comentário:

°Nindë Elensar° disse...

Oi Carol! lindo post, vc tem razao, o caminho da vida eh percorrido individualmente e eh solitario, entre tantas encontramos pedras, mas tb amigos e lindas borboletas!!!