sexta-feira, 27 de maio de 2011

O que eu sou?

Helene Klimt por Gustav Klimt
Me deparei com a seguinte situação: eu entrei no corpo de uma personagem. Na verdade, isso acontece com todos nós. As pessoas sempre nos veem e nos julgam imediatamente pela aparência, coisa muito errada. De alguma forma, o espectador da sua forma, coloca a sua própria versão de você mesma em seu corpo. Assim, você, que durante todo um tempo pensava ser tudo o que você imaginava, é um ser estranho que tomou conta de um corpo abduzido pela fantasia do outro. 


É difícil de nos definir e mais difícil ainda saber o as pessoas pensam que somos. Qual a história de ficção que somos protagonistas?
Somos sempre personagens involuntários de peças criadas a partir de uma primeira impressão. Aí o que acontece quando o criador se depara com o que você pensa ser? Ele não sabe como reagir. É como se descobrissem que a Regina Duarte não tem nada da Helena e o Ozzy Osbourne não janta morcegos. 

Deixemos fluir o que somos agora e depois o que seremos quando descobrirem o que não somos. 

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